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3 fevereiro 2017

Notícias dos nossos missionários em Bangui (República Centro Africana)

Recebemos recentemente uma carta do nosso irmão, o P. Federico Trinchero, ocd, desde o convento de Bangui na República Centro Africana, dándo-nos notícias sobre o estado dos nossos missionários, der cujo conteúdo vos fazemos um breve resumo.

A comunidade está composta neste momento por 21 religiosos: 4 padres, 11 estudantes, 1 postulante e 5 pre-noviços, com uma idade média de 26 anos. De vez em quando é reforçada pela presença do P. Anastácio Roggero que, aos seus 80 anos, continua visitando a sua querida missão do “Carmel” desde Praga, a sua residência habitual, desde a qual segue trabalhando pelas missões em geral e por esta em particular.

A formação destes jovens “é e segue sendo a nossa primeira missão no joven coração de África e da Igreja; uma missão que nos ocupa todos os dias e é exigente… mas que também nos diverte”, diz-nos o P. Federico.

Em quanto à situação do país, continua sendo precária, sobretudo nalgumas zonas do país (particularmente no norte), se bem que os combates se estão reduzindo e a situação de Bangui em particular é bastante mais tranquila. O novo presidente –eleito democraticamente graças à ajuda das forças francesas- foi aceite por todas as facções do país sem discussões, mas persiste a mútua desconfiança entre muçulmanos e cristãos, infelizmente.

O número de refugiados acolhidos pelos nossos irmãos na missão diminuiu  consideravrlmente: dos 10.000 de 2014 passou-se para uns 3.000. Terminamos contándo-vos uma divertida anedota que nos transmite P. Federico: “Com frequência, quando percorro as estradas no centro ou o kilómetro 5, assalta-me a ideia de ser interpelado por alguém que, vendo o meu rosto, me reconhece e grita: ¡Bwa Federico, mbi lango na Carmel! Zone ti mbi 7 (P. Federico, dormi no Carmel. A minha zona era a número 7). Também ocorreu que alguém, num arrebato de excessivo reconhecimento, levantou orgulhosamente à minha passagem uma criança dizendo: So molengue ti mo! (E este é teu filho). Por fortuna, graças à escura cor da pel da criança, evito o risco das interpretações maliciosas… Mas, inevitavelmente, o pensamento corre, com um pouco de nostalgia, para aqueles particulares dias nos quais o nosso refeitóriose tinha convertido numa eficiente sala de partos e muitas crianças dormiam na igreja ou jogavam na sala capitular”.

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